Ely Paschoalick, complementando os artigos (1);(2) e (3) escrevendo sobre os cuidados emocionais com crianças dos 18 meses aos 3 anos para bem estruturar uma autoestima positiva em seu filho e ensiná-lo a pensar.
Vimos nos artigos (1) e (2) que os bebês desde zero mês iniciam a formação da autoimagem e as sensações que a criança têm ao ser cuidada, alimentada, aquecida, banhada serão a base da autoestima positiva quando conclui sobre si mesmo: 'Eu sou merecedora de amor!' ou autoestima negativa: 'Eu não mereço ser amada!' No artigo número (2) vimos o que é adequado e inadequado à formação de uma autoestima positiva dos 5 aos 10 meses - brincadeiras do espelho - brincadeiras sonoras - brincadeiras com as mãos... No artigo (3) enfocamos a fase conhecida como do 'FAZER' que vai dos 10 aos 18 meses e o erro que é retirar, ou colocar para o alto, todas as coisas do ambiente onde a criança está, assim como o bater nas mãos quando esta pega um objeto que não pode ser pego. É nesta fase do período prático (10 aos 18 meses) que a criança conclui como base de sua autoestima positiva: 'Eu sou capaz de fazer!' ou como base da autoestima negativa: 'Eu sou incapaz para fazer!' Agora, no artigo 4 quero falar para você pai ou mãe de uma criança dos 18 meses aos 3 anos - fase do pensar - Pais faladores, donos de grandes sermões, que educam pelo medo ou pela ameaça, que são incoerentes com aquilo que permitem ou proibem a seus filhos entre 18 meses e 3 anos, auxiliam a construir uma autoimagem negativa. Pais que escondem a verdade de seus filhos, mesmo que seja para poupá-los, podem incutir na criança uma sensação negativa que vai estruturar a autoestima: 'Eu não compreendo bem sobre o que acontece.' Dos 18 meses aos 3 anos a criança necessita de pais potentes e fortes, capazes de interromper seus comportamentos errados com ordens curtas e firmes. Necessita de pais que estejam prontos a responder suas perguntas estimulando-a a perguntar mais e mais e auxiliando-a a entender os fatos ocorridos em seu meio ambiente ou com sua família. Por exemplo: Uma mãe brigou com o papai e começou a chorar. A criança se aproxima e diz: _Mamãe, voce está chorando? Ao que a mãe responde sorrindo: _Não, filhinha, foi um cisco que entrou em meu olho!'. Este comportamento é errado pois a criança, apesar de pequena e não capaz de compreender sobre as relações pessoais dos adultos, estava tendo uma percepção do outro (empatia) que foi totalmente camuflada e ficou confusa pela resposta dúbia de sua mãe. Outro comportamento dos adultos que pode colaborar para a formação da autoestima negativa, levando a criança de 18 meses a 3 anos concluir sobre si mesma: 'Eu sou confusa, não consigo pensar claro sobre as coisas!' é o fato de uma mãe hoje ficar muito irritada porque a criança calçou seu sapato de festas e amanhã fazer de conta que não está nem vendo e deixa a criança brincar com seus sapatos. Tais ordens incoerentes levam a criança a acreditar sobre si mesma: 'É melhor eu não pensar sobre o porque das coisas!'. Também podemos citar como exemplo o fato de dizer que alguém que morreu está viajando, ou mesmo, que seu irmãozinho vai ser trazido pela cegonha ... (São afirmações que, mais cedo ou mais tarde, ela concluirá serem falsas: "Estão chorando tanto porque vovó foi viajar! ...Mamãe foi para o hospital e eu nunca vi uma cegonha..." e cada vez que tenta relacionar fatos a criança pode sentir-se incapaz de pensar claramente sobre o ocorrido, tirando a conclusão sobre si mesma: "Não sou capaz de pensar claro!". Amedontrar a criança entre 18 meses e 3 anos também é um fator contribuidor para a mensagem negativa: 'Não devo pensar sobre os fatos!' Esteja com seus filhos entre 18 meses e 3 anos, apresentando-lhe o mundo, respondendo com poucas palavras e curtas explicações sobre as perguntas que fazem. Estimule seus filhos menores de 3 anos a explorarem o mundo e a fazerem perguntas desenvolvendo neles a crença: 'Você é capaz de pensar!'. No próximo artigo falaremos sobre as conversas que os adultos devem ter com as crianças acima de 3 anos. Escreva no campo “comentário dos leitores” suas dúvidas, experiências e sugestões que terei imenso prazer em responder-lhe pois certamente NINGUÉM É MELHOR DO QUE NÓS TODOS JUNTOS.
Blog da Paschoalick que auxilia os pais a refletir sobre a educação de seus filhos.
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