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sábado, 16 de outubro de 2010

EDUCAR PELO MEDO: 4 decisões que um adulto toma por ter apanhado ou sofrido medo quando criança.

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Uma criança educada até os 12 anos pelo medo, por castigo e por surras pode desenvolver internamente uma ou mais destas 4 decisões abaixo descritas:

1. VINGANÇA: Quando eu crescer você vai ver o que eu faço com você! (Decisão esta que a maioria dos alunos agressivos e levados do Ensino Fundamental tomaram quando pequenos - 4 à 12 anos - frente a EDUCAÇÃO PELO MEDO, e  que faz parte da história de quase todos os maridos que batem na mulher.)

2. INSENSIBILIDADE: Também não doeu, não estou nem aí! (Decisão esta que faz parte da história da infância da maioria dos presos por briga ou assassinatos com requintes de maldades.)

3. FINGIMENTO: Vou ficar mais esperto e fazer as coisas que os desagradam mais escondidas de você! (Decisão esta que grande parte das pessoas “fingidas”, que fazem as coisas por trás - dos pais, professores, chefes, maridos, esposas, vigias - tomaram e que faz parte da história da maioria dos que se entregam a drogas ou a um mundo de mentiras.)

4. ABANDONO: Também não vou te amar mais e não vou gostar do que você me oferece. (Decisão esta tomada por alunos que não gostam de uma matéria porque tiveram experiências negativas com professores daquela matéria e faz parte da história da maioria dos adultos que abandonaram os estudos na infância ou adolescência ou mesmo daqueles adultos que não conseguem persistir até o final mesmo frente a adversidades.)


         A educação pelo medo é aparentemente a mais eficaz e imediata mas pode gerar no ser humano mecanismos de defesa que o impulsiona a tomar decisões de reagir, se defender ou se vingar mais tarde, quando crescer.

         Tais mecanismos e decisões são determinantes de comportamentos adultos desajustados e agressivos pois o sentir e o pensar ficam inibidos em momentos de raiva ou contrariedade.

         Fazendo-se assim cumprir a afirmação: “Violência gera violência”.

        Podemos considerar mecanismos como sistemas internos do psiquismo humano que as pessoas desenvolvem para sobreviver a situações difíceis e ameaçadoras.

         Assim sendo, quando uma criança é humilhada ou depreciada por um adulto, afetivamente ligado a ela, do qual ela depende, seu medo de ser abandonada e rejeitada é tão grande que a faz lançar mão de um mecanismo interno para sobreviver seja ele de vingança, insensibilidade, fingimento ou abandono.

         Muitas e diversas podem ser as reações (os mecanismos de defesas) das crianças e jovens frente às humilhações e depreciações feitas por seus pais, professores ou superiores, alguns reagem de imediato, outros demoram mais e outros se acostumam tanto ao mecanismo  que os repetem, de uma maneira diferente, em um cenário distinto, pela vida adulta afora.



         Troque a educação pelo medo pela educação pela consciência.
          
         Troque a educação pelas ameaças e castigos pela educação dos limites e contratos.

         Flagre seu filho fazendo coisas certas e verbalize para ele que ele é CAPAZ DE FAZER E DE SER AMADO.  

NOTA: Este artigo foi publicado no site: www.megaminas.com.br/coluna/educacao
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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Alessandra Leles Rocha e o dia da criança

Minha aluna Alessandra cresceu, tornou-se escritora e tem um blog onde escreve suas lindas, gostosas e reflexivas crônicas.
Neste dia da criança Alessandra escreveu no Antena Cultural uma crônica que desejo muito que você leia também.
Tenho certeza de que você vai gostar.
http://alrocha-antenacultural.blogspot.com/2010/10/cronica-sem-o-hoje-elas-jamais-chegarao.html

QUEM É ELYPASCHOALICK

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Acesse meu blog de cidadã:

http://elypaschoalick.blogspot.com/2010/10/quem-e-elypaschoalick.html

Não é o adulto que ama a criança e sim a criança que ama o adulto


Em clima do dia da criança nada mais propício do que recordar esta afirmação feita pela médica educadora italiana Drª Maria Montessori em pleno movimento da Escola Nova onde o paradigma: 

“A criança é a miniatura do adulto” estava sendo trocado, por influência das teorias de Freud, pela nova ordem da educação: “A criança é a construtora do adulto”. 

Ao longo dos mais de 40 anos de vivência educacional tive inúmeras oportunidades de concordar com esta afirmação:"Não é o adulto que ama a criança e sim a criança que ama o adulto."

Percebo o desamor dos adultos quando terceirizam as responsabilidades, mesmo que seja em nome da incompetência - quando tentam modificar o jeito de ser de seus filhos – quando colocam seus filhos na linha de fogo das desavenças entre o casal – quando não aceitam o fazer e o ser de seus filhos. 

Exemplos:

1-Em uma palestra um pai tenta me levar a afirmar que se a família, como ele, está despreparada para oferecer educação sexual, se a escola oferece textos permissivos à masturbação e relações sexuais na adolescência, então a Igreja deve assumir este papel. 

Respondi-lhe, evidentemente que não. A Igreja pode fazer o que aquela igreja estava fazendo: Palestras para esclarecer os pais. A família deve se preparar pois é ela a célula maior da educação.

2-Outro pai, me procura e relata que sua filha está cada vez  mais parecida com a mãe e que esta é uma péssima influência para a filha. Como fazer se o juiz deu à mãe o direito de visitas?

O pior é que este pai se sente “o máximo” pois ele como homem assumiu a educação da filha.

3- Uma mãe afirma que se arrepende de ter tido filho tão nova pois nada aproveitou da vida.

4- “Tudo que meu filho ou sobrinho ou aluno faz é errado, parece que ele tem um ímã: é ruim... é errado... é bagunça... é briga... é má companhia... lá está meu filho no meio!” 

Você pode estar achando estranho mas esta afirmação aparece em quase todas as palestras para pais ou professores e constantemente são seguidas da célebre frase: 

“já fiz de TUDO e NADA adiantou, o que a senhora me aconselha a fazer?” 

Meus conselhos? 

Ame esta criança! Flagre algo de bom que ela certamente faz! Coloque uma lente de aumento nas boas ações e bons comportamentos dela! Pare de falar mal dela pois assim você apenas fortalece os rótulos negativos  que já estão impregnados nela!

E a segunda parte da frase: “e sim a criança que ama o adulto”.

Percebemos o amor que as crianças têm pelos adultos quando os agradam e os abraçam logo depois que apanharam.

Quando os admiram e querem ser iguais a eles. Você já viu a expressão de realização e alegria quando uma menina de 4 anos coloca o salto alto da mamãe? Quando um menino coloca a gravata do papai?

Percebemos que a criança ama o adulto incondicionalmente quando filhos admiram e defendem seus pais bêbados, maldosos, agressivos, mentirosos, enganadores...

As crianças estão sempre cheias de amor para dar e possuem uma imensurável capacidade de perdão.

Que Deus ilumine os adultos para amarem, aceitarem e valorizarem as crianças.

Tenham tempo e paciência e ofereçam nova oportunidade para as crianças realizarem com sucesso aquilo que ainda é um fracasso.