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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Bebês dos 10 meses aos 18 meses - Formaçao da autoestima (3)

Ely Paschoalick, complementando os artigos (1) e (2) escrevendo sobre os cuidados emocionais com bebês dos 10 aos 18 meses para bem estruturar uma autoestima positiva em seu filho.

Ao ler este artigo você vai entender como é que uma criança pode, apesar de amada, desejada e querida, desde muito cedo, instalar em seu SER sensações de rejeição, incapacidade e inferioridade, iniciando um processo de disfarces, através do qual mascara em seu comportamento todo o auto-conceito negativo que está construindo no mais profundo do seu íntimo.
Assim, apesar da existência de potencialidades e capacidades, o processo cognitivo fica todo prejudicado acarretando: - baixo rendimento escolar; -exagerada desconcentração e desatenção; -grande descuido ou descaso na realização de tarefas; -mudanças bruscas e extremistas de humor!
Já vimos nos artigos (1) e (2) que os bebês desde zero mês inicia a formação da autoimagem e as sensações que têm ao ser cuidada, alimentada, aquecida, banhada serão a base de tal estrutura. Tais percepções são guardadas no inconsciente da criança e vao construindo sua autoestima.
Vimos também que dos 2 aos 4 MESES é a fase do SER e é neste período que se instala a base para a conclusão sobre ser capaz de ser amada ou merecer amor.
No artigo número (2) vimos o que é adequado e inadequado à formaçao de uma autoestima positiva dos 5 aos 10 meses e agora no ARTIGO (3) vamos enfocar a fase conhecida como do "FAZER" que vai dos 10 aos 18 meses.
É Neste período (denominado período PRÁTICO) que a criança vai saindo para mais distante dos pais e se inicia a independência física da mesma.
Tendo as fases anteriores frustadas, a criança iniciará neste período sensações de rejeições, incapacidade e inferioridades,sensaçoes estas que podem atrasar desde seu processo de ficar em pé e aprender a andar até outros aprendizados.
Tendo as fases anteriores bem alimentadas (estimuladas) a criança tende a ter comportamentos onde, na maioria das vezes, demonstra aceitação, capacidade e potência para bem se relacionar consigo e com os outros sabendo identificar, vivenciar e expressar adequadamente sentimentos reais (amor, raiva, tristeza, alegria e medo) que as diferentes situações da vida lhe estimulam.
É nesta fase que a criança faz a grande conquista de aprender a andar. Andar lhe dá agora condiçoes de explorar o mundo e ela faz esta exploraçao pegando nas coisas que encontra pelo caminho.
Um grande erro é retirar, ou colocar para o alto, todas as coisas do ambiente onde a criança está pois assim o adulto estará impedindo a criança de crescer na conquista de sua independência emocional e principalmente tirando-lhe a oportunidade de aprender a controlar e aprimorar a capacidade de controlar sua força e seus gestos de maneira a segurar e carregar objetos sem se machucar e sem quebrar ou estragar tais objetos.
Assim como quando ela cai, o adulto a ajuda a levantar-se e a estimula a continuar caminhando; ao quebrar ou estragar algo o adulto deve auxiliá-la a conhecer tal objeto com o cuidado necessário para sua conservaçao. O ideal é que esta criança esteja sendo observada e que o adulto interfira auxiliando-a delicadamente a segurar e conhecer os objetos adequadamente.
É destas experiências, frente ao novo, que a criança vai construindo sua autoestima em relaçao a ser capaz de realizar atividades difíceis e enfrentar com sucesso situaçoes delicadas e perigosas.
Alguns adultos têm o hábito de dar pequenas palmadas nas maos para que a criança aprenda a nao mexer em determinados objetos.
Este hábito é bastante inadequado e pode instalar no psiquê da criança uma ordem de "nao mexa! Nao explore o mundo! Cuidado com coisas novas!" ou o que é pior ainda poderá lhe oferecer oportunidade de associar o explorar e conhecer coisas novas com o sofrer e o apanhar e tal associaçao poderá inibir ou lhe dar medo e vergonha de iniciar uma nova carreira profissional, um novo emprego, novos relacionamentos.
Devemos neste período dos 10 aos 18 meses estar sempre oferecendo oportunidades da criança interagir com os mais diferentes objetos inclusive aqueles como, vidro, barro, tintas, massas e líquidos que podem lhe sujar.
O que se faz necessário é uma constante vigilância impedindo-a de machucar-se ou estragar objetos que devem ser conservados.
Pais que nao permitem a seus filhos sujarem-se ou mexerem nos objetos auxiliam o desenvolvimento da timidez, do medo, impedindo a conquista da independência emocional.(Leia também artigo postado dia 04/03/2009 - Superproteçao Traz Dependência Emocional aos Filhos.).
É através de sua atuaçao sobre os objetos e os aontecimentos a criança intensifica seu raciocínio lógico e inicia a fomação de seu quadro de valores a partir de suas vivências econclusões sobre si mesmo, Deus, o outro e todos.
Assim sendo denominamos dos 18 meses aos 3 anos de fase do PENSAR efalaremos sobre esta fase em nosso próximo artigo (4).
Escreva no campo “comentário dos leitores” suasdúvidas, experiências, comentários e sugestões que terei imenso prazerem responder-lhe pois certamente NINGUÉM É MELHOR DO QUE NÓS TODOS JUNTOS.

Um comentário:

  1. Ola Ely! Amei seu blog, me ajudou muito, consegui chegar com louvor até os 10 meses do meu filho, criando ele com apego e tendo o maior cuidado com a formação de sua auto estima. No entanto, estou perdida agora aos seus 10 meses. Ele chora pra trocar, pra tomar banho, pra dormir. ... o engraçado disso é que na escolinha que ele vai há quase 3 meses, ele nao faz isso... dorme sozinho, aceita banho e tudo mais... devo deixar ele chorar até concluir o procedimento? Qdo preciso sair de carro ele chora pra ficar na cadeirinha, deixo? O que faço? Nunca deixei ele chorar por isso acho q ele me testa.... me ajude por favor. Obrigada!

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