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segunda-feira, 13 de abril de 2009

VIOLÊNCIA SIMBÓLICA OU VIOLÊNCIA BRANCA NA EDUCAÇÃO.

Os antropólogos têm se dedicado nos últimos tempos a pesquisar as violências contidas no simbolismo da relação entre pessoas. Isto porque, fica cada vez mais comprovado, que inúmeras práticas sutis,como se fosse o BEM DA VIDA são responsáveis por comportamentos agressivos que aumentam dia a dia a violência urbana, o uso de drogas, a gravidez na adolescência e a prática de delitos por parte dos jovens.
Podemos citar como exemplo a doçura da professora que afaga e critica,que ensina e ameaça reprovar o aluno; os gritos e chineladas de amor que muitas mães dão em seus filhos para que eles não as envergonhem com seu comportamento; as frases ditas em momento de muita raiva como: Não aguento mais você - Você é o pior de todos - Você não vai dar nada na vida. Deste jeito não gosto mais de você...
Também constitui Violência Branca ou Violência Simbólica os castigos de suspender da aula de Educação Física ou do pátio, o aluno que fez folia na aula de português. Retirar o presente de natal do filho porque não obteve boas notas; não fazer a festa de aniversário porque brigou com o irmão; chamar de preguiçoso e vagabundo aquele que não vai bem na escola...
Por outro lado estudos nos comprovam também que pessoas criadas sem limites tornam-se com facilidade marginais em seus grupos sociais e alguns bastante desestruturados psiquicamente.
O desafio da educação atual está em como dar limites e promover o progresso e bom comportamento sem utilizar violência mesmo que seja doce e para o bem da vida.
Violência Simbólica ou Violência Branca está presente em muitas salas de aula e mesas de almoço familiar. Os sintomas são fáceis de detectar pois tais salas de aula ou mesas familiares se parecem com um grande fogão cheio de panelas de pressão desreguladas que facilmente explodem e causam estragos.Quando técnicos são chamados para estudarem e interferirem naquele 'fogão explosivo' diagnosticam que por trás das relações humanas há atitudes de pessoas ameaçando, humilhando e criticando. É preciso estarmos atentos a algumas práticas sutis que aumentam a violência (ameaças, críticas, chantagens, castigos prolongados, exposição ao ridículo) e diminuí-las...diminuí-las até que consigamos conviver pacificamente com nossos filhos ou alunos e estes nos obedecerem respeitando os limites que lhes impusermos.
É preciso também começarmos a utilizar outras práticas positivas e potentes que dão limites e levam a criança e o adolescente a um caminho de auto-controle adquirindo sua utonomia. São elas: conversas, contratos, combinados e negociações.
Mande-me através do campo “comentário dos leitores” suas dúvidas, experiências, comentários e sugestões que terei imenso prazer em responder-lhe pois certamente NINGUÉM É MELHOR DO QUE NÓS TODOS JUNTOS.

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