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terça-feira, 31 de março de 2009

Professora cola boca de criança com fita adesiva

Quarta-feira, 18/03/2009 estava assistindo ao Jornal Hoje da Globo, deparei-me com a notícia de que para acabar com a conversa na sala de aula, uma professora do Rio Grande do Sul, colou uma fita adesiva na boca de um menino de cinco anos. (Leia e veja vídeo da notícia na íntegra no site http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,16010,00.html de quarta-feira dia 18/03/09).
Há mais de 100 anos a prática e a teoria demonstram que mesmo as crianças portadoras de necessidades especiais, sejam por terem nascido ou sofrido alguma lesão, se em um ambiente emocionalmente adequado, apresentam progressos em seu aprendizado; que dirá daquelas “ditas normais”. Estas deveriam estar cada vez aprendendo mais conteúdos, com mais facilidade.
Porém não é isto que acontece. Cada dia mais as crianças e principalmente os adolescentes se desinteressam das aulas, festejam os feriados, fazem semana do “saco cheio” (recesso para descanso, geralmente no segundo semestre) e só acham agradáveis os momentos de entrada, saída e intervalos das aulas.
A Escola, proibindo a comunicação entre alunos em pleno século da comunicação tecnológica, se distancia cada vez mais da realidade social e educacional que as crianças e os jovens anseiam. Alguns professores, encarcerados no paradigma “quando um burro fala o outro abaixa a orelha” desesperados em manter a “ordem” usam e abusam de “carinhosos” recursos como o desta professora do Rio Grande do Sul que colou com fita adesiva a boca daquela criança tagarela que não parava de falar.
Coitado do menino! Ficou tão traumatizado que demorou quase uma semana para falar a sua própria mãe sobre a agressão que sofrera.
Esta professora cola a boca de criança com fita adesiva, outros "mestres" separam a fileira dos “tomates podres” da fileira dos “tomates bons” de maneira que os “tomates bons” são instruídos para não se aproximarem dos “tomates podres” para não “apodrecerem “ também.
Meu Deus! Em pleno século XXI, no auge da tecnologia, no século do conhecimento, no mercado das parcerias... Encontramos práticas capazes de achatar a auto-estima do aluno a ponto de deixá-lo cada vez mais improdutivo, revoltado e sem condições de pensar, refletir, comparar, raciocinar, conscientizar-se sobre o impacto de seu comportamento sobre o grupo e tomar decisões de modificar-se.
Em nome de declarações inconseqüentes como: “Já fiz de tudo...” “Não sei o que eu faço...” “Os outros alunos têm o direito de aprender...” professores humilham seus alunos deixando-os inseguros e revoltados.
Constantemente sou procurada por pais de crianças ou adolescentes que estão com problemas de aprendizagem ou rendimento escolar e mesmo por adultos com dificuldades e timidez no momento das “famosas” entrevistas para o mercado de trabalho. Quando faço a investigação quase sempre me deparo com alguma experiência que a pessoa viveu onde foi vítima da violência doce de algum professor que em nome do bom andamento da classe ou o desenvolvimento daquele aluno a praticou.
É impressionante como após a recordação do fato e o trabalho emocional sobre os sentimentos vivenciados por ocasião da experiência, os problemas de aprendizado ou a timidez nas entrevistas ou mesmo o nervosismo nas provas, desaparecem como por encanto.
A análise, feita pela vítima, sobre o prisma da inadequação da autoridade que deveria ser um profissional exercendo a função para a qual hipótéticamente estudou e se preparou é a verdadeira redenção destes milhares de cérebros que vão sendo desperdiçados nos bancos escolares.
Na recuperação da auto-confiança é preciso que o aprendiz compreenda que é passível de erro pois está em processo de aprendizado e que há maneiras corretas e não violentas de corrigir estes erros que tanto colaboram para construir nosso conhecimento. Aqui vale o paradigma: “É errando que se aprende”.
Se você, seu filho ou conhecido já sofreu alguma discriminação deste estilo, escreva para nós que estaremos denunciando neste espaço até que estes “ditos professores” sintam-se envergonhados e inferiorizados como profissionais à semelhança do que fazem com seus alunos. Talvez com vergonha, um dia quem sabe, desistam da idéia de serem professores assim como seus alunos estão desistindo da idéia de serem estudantes.
Dúvidas e consultas online poderão ser feitas no campo “comentário dos leitores” que responderei com o maior carinho. Até a próxima semana onde espero não ter manchetes semelhantes a esta: onde professora cola boca de criança com fita adesiva.
Se você preferir poderá entrar em contato pelo endereço elypaschoalick@yahoo.com.br

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